Estrada, que liga Camaragibe a Abreu e Lima, não oferece condições para os motoristas trafegarem; em alguns trechos, nem asfalto existe
Os motoristas que precisam passar pela PE-18 têm a sensação de que está participando de um rali. Lama e buracos tomam conta de alguns trechos da rodovia, que liga Aldeia, em Camaragibe, ao bairro de Caetés I, em Abreu e Lima, na Região Metropolitana do Recife.É o improviso que marca o Km 0 da PE-18. Ela começa na altura do Km 14 da Estrada de Aldeia e tem 13 quilômetros de extensão. No começo da viagem, a paisagem atrai os olhares, devido ao clima agradável e cheiro de floresta. Barulho, só mesmo o da natureza.
Mas a contemplação acaba logo. Nos primeiros metros da PE-18, os efeitos da chuva começam a ser notados: há buracos e muitas poças. O motorista Jorge Pereira de Freitas, mesmo passando pelo local todo dia, ainda não se acostumou. “Não vale [cortar caminho], mas a rotina tem que ser por aqui, senão fica mais longe”, diz.
Na metade do caminho, fica o vilarejo conhecido como Espaço 21, já no municÃpio de Abreu e Lima. Segundo o vigilante José Carlos da Silva, chegar ou sair de casa é complicado.
“Eu tive que socorrer a minha esposa, eram 5h, mas, por causa das condições da estrada, eu tive que, no outro dia, botar o carro na oficina. Fora isso, tem os problemas de transporte. Não tem ônibus e o único transporte é o moto-táxi”, conta.
O aposentado José Francisco de Souza usa cadeira de rodas. Ele teve as pernas amputadas por causa do diabetes. Para receber as próteses e voltar a andar, ele precisa fazer sessões de fiosoterapia, mas, por causa dos buracos, o carro da Prefeitura de Abreu e Lima não vai buscá-lo. “Se melhorar o buraco, tem condições de mandar o carro. Enquanto estiver assim, fica ruim. Só quando estiar mesmo”, diz.
Segundo os moradores, em alguns trechos da PE-18 o carro não passa, mesmo com tração nas quatro rodas, por causa da lama e dos buracos. É tanta água nos buracos que, para andar de bicicleta, é preciso usar botas.
Quem passa de moto tem que levar a roupa do trabalho na mochila. “Quando eu venho por esse caminho de estrada de barro, eu paro e, com uma vergonha danada, saio me vestindo. A situação está precária e feia mesmo. Daqui a alguns dias, a gente vai ter que botar um barco para atravessar”, afirma o pintor Itamar de Gusmão Júnior.
O asfalto apenas aparece no trecho que fica no fim da estrada. Esta é a terceira vez que o NETV mostra a falta de conservação da PE-18. A primeira foi em maio do ano passado, quando a situação era a mesma: a estrada tinha lama e buraco. Em setembro de 2010, a equipe do telejornal voltou ao local, mas nada havia mudado. Na época, o Departamento de Estradas de Rodagem (DER) informou, por meio de nota, que procuraria a Agência Estadual de Meio Ambiente para analisar que tipo de providências poderiam ser tomadas na estrada, que passa por área de proteção ambiental.
O aposentado José Francisco da Silva já escreveu carta até para o governador Eduardo Campos pedindo atenção para a PE-18. As únicas obras na estrada foram feitas pelos próprios moradores. “No ano passado, nós colhemos R$ 26 mil e foram colocados 114 carradas de piçarra na pista, mas, mesmo assim, não temos condições de trafegar”, conta.
A Secretaria de Transportes do Estado confirmou que esse trecho da rodovia faz parte de uma área de Mata Atlântica. Por isso, primeiro o DER precisa fazer um estudo de viabilidade técnica para indicar qual melhoria pode ser feita no local. No trecho pavimentado, a Secretaria promete uma operação tapa-buraco, mas não definiu um prazo. Apesar disso, a equipe do NETV vai voltar a PE-18 no dia 26 de setembro para conferir se a situação melhorou.
Já sobre a situação do aposentado José Francisco de Souza, que teve os pés amputados e precisa de transporte para conseguir atendimento médico, a secretária de Saúde de Abreu e Lima, Mônica Vasconcelos, afirma que, por causa da chuva, as ambulâncias estão quebradas. Ela deu um prazo de, no máximo, quinze dias, para resolver esse problema.
Quem passa de moto tem que levar a roupa do trabalho na mochila. “Quando eu venho por esse caminho de estrada de barro, eu paro e, com uma vergonha danada, saio me vestindo. A situação está precária e feia mesmo. Daqui a alguns dias, a gente vai ter que botar um barco para atravessar”, afirma o pintor Itamar de Gusmão Júnior.
O asfalto apenas aparece no trecho que fica no fim da estrada. Esta é a terceira vez que o NETV mostra a falta de conservação da PE-18. A primeira foi em maio do ano passado, quando a situação era a mesma: a estrada tinha lama e buraco. Em setembro de 2010, a equipe do telejornal voltou ao local, mas nada havia mudado. Na época, o Departamento de Estradas de Rodagem (DER) informou, por meio de nota, que procuraria a Agência Estadual de Meio Ambiente para analisar que tipo de providências poderiam ser tomadas na estrada, que passa por área de proteção ambiental.
O aposentado José Francisco da Silva já escreveu carta até para o governador Eduardo Campos pedindo atenção para a PE-18. As únicas obras na estrada foram feitas pelos próprios moradores. “No ano passado, nós colhemos R$ 26 mil e foram colocados 114 carradas de piçarra na pista, mas, mesmo assim, não temos condições de trafegar”, conta.
A Secretaria de Transportes do Estado confirmou que esse trecho da rodovia faz parte de uma área de Mata Atlântica. Por isso, primeiro o DER precisa fazer um estudo de viabilidade técnica para indicar qual melhoria pode ser feita no local. No trecho pavimentado, a Secretaria promete uma operação tapa-buraco, mas não definiu um prazo. Apesar disso, a equipe do NETV vai voltar a PE-18 no dia 26 de setembro para conferir se a situação melhorou.
Já sobre a situação do aposentado José Francisco de Souza, que teve os pés amputados e precisa de transporte para conseguir atendimento médico, a secretária de Saúde de Abreu e Lima, Mônica Vasconcelos, afirma que, por causa da chuva, as ambulâncias estão quebradas. Ela deu um prazo de, no máximo, quinze dias, para resolver esse problema.
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